Confira algumas dicas que vão te ajudar a não se endividar

A primeira coisa que você tem que pensar quando começar a ter um valor fixo para viver por mês (seja ele mesada, bolsa, ou salário) é: PLANEJAMENTO.

Foi pensando nos estudantes que todos os anos chegam em Santa Maria que o Diário publicará uma série de reportagens do Guia de Sobrevivência do Estudante.

Parece fácil, mas é difícil e exige disciplina. Na verdade, é um mal necessário. Mas uma vez que você se acostumar com isso, vai evitar muitas dores de cabeça. Então, vamos lá:

Para início de conversa, você precisa ter claro qual seu objetivo. Se você saiu de casa para estudar, a maior parte do seu orçamento deve ser destinado para isso, é o que sugere o coordenador da Clínica de Finanças e professor do curso de Economia da Unifra Alexandre Reis.

:: Planejamento é a chave da economia. Aprenda como fazer

Pense no seu orçamento como um bolo: metada dele deverá prever os gastos com a sua educação - o objetivo de você ter saído de casa, lembra? Aí estão incluídos gastos com material, livros, congressos, cursos e até aquele lanche e café nosso de cada dia. Afinal, saco vazio não para em pé (nem presta atenção na aula).

A outra metade do bolo você deverá dividir para os gastos de moradia, alimentação, deslocamento e lazer (sim, você também precisa se divertir). Para ter claro o quanto de dinheiro você está gastando em cada coisa, é importante controlar (e anotar) os gastos. Isto faz parte do planejamento. Outra dica é ir juntando todas as notas de compras num envelope e, uma vez por semana ou a cada 15 dias, somar todos os valores para ver quanto você está gastando em média.
_ Este ano, as coisas tendem a ser difíceis economicamente. O custo de vida tende a aumentar e, por isso, organização é fundamental, não apenas para o estudante como para a família que irá sustentá-lo longe de casa _ salienta Reis.

O professor dá dicas que podem tornar a sua vida mais econômica:
- Procure morar perto de onde você estuda, isto evita gastos com transporte e você ainda ganha tempo
- Se você puder e quiser, procure dividir as despesas, isto é, divida apartamento com alguém
- Para não gastar dinheiro desnecessário em alimentação, compre porções condizentes com o que você vai comer, e na medida do possível, evite jantar fora à noite, por exemplo
- Se a grana estiver curta, procure uma renda extra como estágio ou empregos de meio-período
- E acima de tudo: EVITE O SUPÉRFULO

"Meu cartão de crédito é uma navalha"

O cartão de crédito é um meio de pagamento que visa facilitar as compras, evitando o uso do dinheiro em espécie, concentrando os gastos realizados durante o mês em uma só conta, prometendo um melhor controle dos gastos, detalhados na fatura. O cartão de crédito também permite parcelar a compra, ou seja, se você quer um artigo muito caro e não tem o valor suficiente, pode "passar no cartão" e dividir o valor total em parcelas, que serão cobradas nas faturas mensais.
 
Mas é importante ressaltar: dividir valores pequenos em várias parcelas não é uma prática recomendada. A facilidade pode se tornar uma bola de neve de dívidas. O parcelamento de compras de pequeno valor cria a impressão que o gasto foi menor. Se você fizer mais compras baseado nessa ilusão, estará comprometendo a capacidade futura de pagamentos.

Crédito ou débito?

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